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CrossFIT

PENSaNDO FORA Do BOX

O CROSSFIT EM TEMPOS DE PANDEMIA

A preocupação com a aparência e com a saúde é uma das principais características dos jovens e adultos da Geração Z. E, sabendo disso, muitas técnicas e atividades foram desenvolvidas ao longo dos anos para atender a essa busca pelo físico ideal. Entre essas técnicas, vale destacar a prática do CrossFit, marca diretamente associada à um treino específico, o crosstraining. Esse tipo de treinamento é praticado em boxes e as aulas são instruídas e acompanhadas por profissionais especializados em CrossFit. Entretanto, com a chegada da pandemia do novo coronavírus, instrutores e alunos se viram obrigados a modificarem radicalmente suas rotinas de treino.

 

Na tentativa de conter o avanço do contágio da pandemia, foi decretado que houvesse isolamento social em todo o mundo. Com isso, inúmeros trabalhadores se viram na necessidade de se reinventar em suas profissões.  Para os praticantes de CrossFit, o isolamento levou várias academias e boxes a fecharem por tempo indeterminado. No entanto, para não perder o hábito e seguir na rotina regrada, muitas pessoas passaram a treinar em casa, o que requer uma série de cuidados. Por ser um treino que exige muito dos alunos, em comparação aos outros, o CrossFit precisa ser feito com o acompanhamento de um instrutor para que o aluno não ultrapasse o seu limite ou sofra alguma lesão durante a prática desse treino. Devido ao isolamento social, muitos instrutores adaptaram as suas aulas para as plataformas online, mantendo os treinos e contato com os  alunos.

A ORIGEM da marca

O nome CrossFit é mistura de duas palavras em inglês: cross, cruzar, e fit, de aptidão. Essa mistura vem da junção de exercícios da ginástica, levantamento de peso e musculação, com dieta e estilo de vida saudáveis. Ele não é um programa de condicionamento especializado, ao contrário, é um preparo físico amplo que tenta se encaixar nas necessidades de cada praticante.

A prática foi fundada nos anos 80 pelo americano Greg Glassman, ex-ginasta e instrutor físico, que a desenvolveu junto de alguns colegas. Inicialmente, foi usada para o treinamento de agentes das forças policiais e do exército dos Estados Unidos. A marca CrossFit, Inc. foi registrada em 2000, e sua primeira academia aberta em 2001 em Santa Cruz, Califórnia. A marca arrecadou US$4 bilhões em 2015, de acordo com estimativas da Forbes.

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chegada ao Brasil

A primeira box de CrossFit oficial chegou ao Brasil em 2009, inaugurada pelo treinador Joel Fridman. O profissional obteve experiência como preparador físico e personal trainer antes de iniciar os treinos no CrossFit Vancouver, filial da marca CrossFit na cidade canadense. Após um mês e meio de treinamento, ele já estava apto para ser um instrutor do esporte.

 

Desde então, o CrossFit continua em expansão no país. Segundo dados coletados pela Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, em 2018, o país estava em segundo lugar no ranking de países com maior número de boxes de CrossFit, atrás apenas dos Estados Unidos (7.314). A maioria das boxes estão situados na Região Sudeste  e Sul. No entanto, todos os estados apresentam pelo menos uma box da modalidade.

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QUAL A DIFERENÇA ENTRE O CROSSFIT, MUSCULAÇÃO E TREINO FUNCIONAL?

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Na musculação, são trabalhados cada músculo individualmente para estimular a hipertrofia muscular - ou seja, o aumento do tamanho do músculo através do crescimento das células. O treino funcional utiliza movimentos que realizamos no dia-a-dia, como o agachamento - quando nos sentamos ou agachamos - e levantamento - de sacolas e outros objetos. O CrossFit complementa treinos funcionais com movimentos de modalidades esportivas como a ginástica, levantamento de peso olímpico, corrida, remo e pedalada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De acordo com Léo Amora, instrutor do CrossFit Caserna, o CrossFit possui atividades mais semelhantes ao funcional. "Ambos utilizam movimentos funcionais, ou seja, movimentos que nós utilizamos no nosso dia a dia, como, por exemplo, agachamento ou levantamento de objetos. Nós chamamos esses movimentos de movimentos funcionais. O CrossFit, além desses movimentos funcionais, também aborda movimentos de levantamento de peso olímpico, movimento ginásticos e movimentos cíclicos como correr, remar e pedalar."

QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA SER INSTRUTOR DE CROSSFIT e ABRIR UM BOX?

Para se tornar instrutor oficial de CrossFit no Brasil é preciso ter bacharelado em Educação Física e adquirir o certificado de Curso Level 1, oferecido pela Crossfit, Inc. O instrutor de CrossFit Jânio Silva, 34, trabalha há 2 anos como instrutor. De acordo com o profissional, o CrossFit é um esporte de alta intensidade que trabalha as principais qualidades físicas passíveis de treinamento, como força, resistência, velocidade e equilíbrio. 

 

 

 

 

Para se qualificar, Jânio passou pelo treinamento oferecido pela marca oficial da Crossfit. Os cursos são divididos em conteúdo teórico e prático e ao final é aplicada uma prova com 55 questões, em que cinco perguntas são descartadas e é preciso ter aproveitamento mínimo de 77% para aprovação. Todos os cursos são presenciais, mas de acordo com o site oficial há previsão de opções online.

 

Montar um box de CrossFit requer diversas exigências para que funcione sem irregularidades. Como qualquer negócio, é necessário possuir Alvará de Funcionamento, Licença da Vigilância Sanitária e Certificado de Conformidade do Corpo de Bombeiros, além do Código de Defesa do Consumidor e Livro de Reclamações.

 

Além das exigências legais, para se filiar a marca CrossFit o aplicante precisa ter certificado Level 1 pela CrossFit, pagar a taxa anual de aproximadamente R$15.800 e possuir website do seu box. No entanto, não é obrigatório ser filiado para ensinar o treino cross, mas fica restrito o uso do nome CrossFit, sua logo e participação em eventos oficiais.

" É NECESSÁRIO PAGAR UMA TAXA ANUAL DE R$ 15.800 "

Impacto do coronavírus e as mudanças na rotina dos treinos

Com a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, os boxes tiveram que adaptar suas rotinas. Jânio, assim como diversos instrutores, apostou nos aplicativos de videoconferência como o Zoom, além de redes sociais como Facebook e Instagram, para realizar lives que permitem que instrutores e praticantes permaneçam conectados, mantendo, assim, os treinos por meio de aulas de vídeos. 

"Com esse ritmo de quarentena, nós tivemos que mudar bastante nosso método de trabalho. Antes era presencial, os alunos iam para o box, agora, nós estamos fazendo aulas online. Nós estamos utilizando o aplicativo do Zoom pra realizar essas atividades. Separamos, atualmente no caso da Caserna, oito horários para os alunos escolherem. Nós abrimos a sala, ficam dois professores a disposição dos alunos, e os alunos fazem a aula em conjunto. Eles abrem a câmera deles, o microfone, a gente vai se comunicando e, o mais importante, o fato de ativar a câmera nós conseguimos ver a execução dos movimentos e fazer as devidas correções justamente para evitar algum tipo de lesão, pra eles fazerem o movimento de forma correta. Até na questão de motivação que a gente consegue gerar pro aluno", explica Jânio.

Confira, a baixo, uma série de três vídeos produzidos pelo instrutor Rafael Santos, onde ele explica alguns movimentos que podem ser feitos em casa de forma prática e eficiente:

OS RISCOS

Apesar da importância do exercício em casa durante o período do isolamento social, há, também, a necessidade de cuidados. Realizar atividades físicas de forma deliberada e sem o acompanhamento de um profissional podem causar lesões e trazer riscos ao corpo humano.

No Podcast Esclarecendo, a fisioterapeuta Mirlene Borges, o educador físico Walter Cortez e o Coach de CrossFit Rian Ribeiro esclarecem todas as questões envolvendo as atividades e os riscos nesse período de quarentena. Confira:

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00:00 / 11:41
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Projeto Radar

Edição: Sarah Mariana, Mabel Freitas, Gustavo Lima e Vitor Hugo Mandarino

Audio: Sarah Esmeraldo, Letícia Medeiros, Victória Crisostomo e Gabriela Paiva

Redação: Raquel Santana, Jéssica Alves, Matheus Albino e Lara Montezuma

Imagem: Beatriz Irineu, Chate Naberezny, Fayher Lima e Laís Maia

Orientadora: Adriana Santiago

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